O que Eduardo Saverin, Pierre Levy, Manuel Castells, Alvin Toffler, Bill Gates, Nicholas Negroponte, Krishna Kumar, Steve Jobs, Silvio Meira, Mark Zuckerberg, Larry Page, você e eu temos em comum?

Todos nós acreditamos que a relação entre tecnologia e informação deve ser capaz de nos conferir a capacidade de tomar decisões assertivas, eficazes, efetivas, qualitativas, econômicas, rápidas e com tantos outros adjetivos que resumam “fazer a coisa certa”.

A cada dia fica mais evidente que a relação entre este binômio, tecnologia e informação, apresentar-se em quatro níveis diferentes, expressados nas seguintes equações: Tecnologia = Informação (conhecimento capaz de fazer a diferença); Tecnologia < Informação (conhecimento desperdiçado), Tecnologia > Informação (conhecimento subutilizado) e Tecnologia ≠ Informação (conhecimento Nulo).

Tecnologia ≠ Informação
Recentemente Schettino expôs que a muita tecnologia disponível no transatlântico Costa Concordia não era importante na entrega de informações necessárias que pudessem evitar a tragédia protagonizada por ele e sua equipe de comando. Você acredita que a tecnologia dos poderosos sonares, combinados com GPS de precisão militar, lidos em avançadas cartas náuticas e calculados por potentes computadores não demonstraram o risco iminente? Neste caso, o conhecimento entregue aos tomadores de decisão, por toda esta tecnologia e qualidade de informação, foi nulo!

Tecnologia > Informação
As constantes secas e chuvas que vem assolando o nosso Brasil nestes últimos anos são um reflexo do quanto a natureza está colapsando frente ao uso predatório das reservas naturais pelos seres que se dizem humanos. Recentemente o Ministério da Ciência e Tecnologia, representado, na época, por Aloísio Mercadante, encomendou radares meteorológicos para ajudar na coleta de dados sobre o clima. Você acredita que somente o aumento de tecnologia será capaz de entregar informações capazes de evitar as tragédias que se repetem todos os anos? Neste caso, o conhecimento entregue aos tomadores de decisão, por toda esta tecnologia, mas sem capacidade de uma pronta operacionalização da informação, é subutilizado!

Tecnologia < Informação
Todas as vezes que ligo para uma operadora de telefonia móvel repasso uma boa quantidade de informações antes de ser atendido: CPF, número do telefone (com DDD), opção que desejo para meu atendimento. Porém, logo após (na maioria das vezes nem tanto), ao ser atendido sou obrigado a repetir todas as informações já entregues. Você acredita que a tecnologia atual não é capaz de registrar todas as nossas informações e permitir que sejamos atendidos em outros patamares de relacionamento com o cliente? Neste caso, o conhecimento entregue aos tomadores de decisão, com toda a carência de tecnologia evidente, é desperdiçado!

Tecnologia = Informação
O Japão possui mais de 5.000.000 de máquinas automáticas que servem a população, desde minhocas vivas para pescarias até equipamentos eletrônicos para uso pessoal. Uma destas máquinas me chamou a atenção.

A máquina, com muita tecnologia embarcada, reconhece o gênero, a faixa etária, faz uma análise da temperatura ambiente, identifica o horário do dia e utiliza todas esta informação para oferecer a melhor bebida ao consumidor que está parado em frente ao vidro pesquisando qual bebida consumirá. Um exemplo simples, mas, funcional sobre o equilíbrio entre tecnologia e informação, gerando conhecimento capaz de fazer a diferença na hora da decisão do consumidor!

E a sua empresa? Qual é a equação que a melhor representa?

*Prof. Ery Jardim é Administrador de Empresas (UFGRS), pós-graduado em Ciências da Educação (Ca´Foscari – Veneza) e em Gestão da Qualidade (UFLA); aprovado em mais de 70 certificações internacionais e compõe o quadro de Instrutores da HDI BRASIL.