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Qual o seu modelo de comunicação?*

Em 1964, o engenheiro Paul Baran (1926 – 2011) apresentou em seu relatório denominado de On distributed communications uma teoria para a sobrevivência das redes de comunicação em caso de um desastre nuclear. A teoria consistia em testar a conectividade básica de um conjunto de nós com diferentes conexões (Network).

Mais tarde, surgiria a ARPANET, a atual Internet.

A figura extraída do seu relatório demonstra os três diferentes tipos de redes: (A) Centralizadas; (B) Descentralizadas e (C) Distribuídas. Observe que os nós estão posicionados nos mesmos locais nos três diagramas, havendo apenas a mudança das conexões entre eles.

Figura artigo Ery

 

No diagrama (A) Centralizado, onde, há uma dependência estrita do nó principal e as informações que partem dele, precisam percorrer uma grande quantidade de vinculações para chegarem a todos os demais nós. Neste diagrama fica evidente a fragilidade deste tipo de transmissão de informações.

No diagrama (B) Descentralizado, onde, as dependências do nó principal são minimizadas quando outros nós recebem a mesma importância, reduzindo a quantidade de vinculações para fazer as informações chegarem a todos os outros nós. Porém, fica estabelecida uma dependência entre os nós principais e, apesar da fragilidade ser reduzida, vários dos nós ficarão sem vinculação se os nós centrais forem destruídos.

No diagrama (C) Distribuído, as dependências desaparecem em função da multiplicação das vinculações. Observe que elas não são demonstradas em sua totalidade no diagrama (C) para evitar uma confusão visual. Porém, cada um dos nós se vincula com todos os outros nós, criando uma rede de informações indestrutível.

Agora, aplique estes diagramas na forma como você dissemina conhecimento em sua empresa e para sua equipe; espero, sinceramente, que você não tenha se identificado com o diagrama (A), pois, a centralização não é mais sustentável na era da informação.

Assim, como também podemos afirmar que distribuir conhecimento (informações utilizáveis no contexto empresarial) é muito diferente de descentralizá-lo. Da mesma forma que promover participação - diagrama (B) – não é o mesmo que propiciar interação e troca dinâmica de conhecimentos.

Não esqueça que vivemos em uma época (ou era) na qual os processos propostos pelos inúmeros frameworks de gestão de tecnologia (HDI, ITIL, COBIT, TOGAF,...) necessitam ser disseminados de forma sustentável e distribuída, para que seus resultados entreguem a maior agregação possível de valor ao negócio.

Tudo isto, me faz lembrar uma história contada por Francis Fukuyama sobre a iniciativa de empresários asiáticos em recrutarem os mais capazes de sua geração para criar novos produtos, porém, com relativo fracasso. Enquanto isto, do outro lado do oceano, empresas do Vale do Silício revolucionavam o mundo e concebiam ideias incríveis.

Ao ser questionado pelos altos executivos sobre o motivo do insucesso, Fukuyama disparou: “No Vale do Silício, eles almoçam juntos todos os dias”!

Você, enquanto gestor (governante) deve agir de forma interativa, conectada e distribuída!

E então, “vai almoçar” com sua equipe hoje?

 

Fontes: Pesquisa na Rede Mundial de Computadores e no livro de Augusto de Franco – Escola de Redes, Curitiba, Ed. ARCA, 2008.

*Prof. Ery Jardim é Administrador de Empresas (UFGRS), pós-graduado em Ciências da Educação (Ca´Foscari – Veneza) e em Gestão da Qualidade (UFLA); aprovado em mais de 70 certificações internacionais e compõe o quadro de Instrutores da HDI BRASIL.


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