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A importância do processo de aprendizagem nas organizações

Passamos por algumas revoluções ao longo da história da humanidade, como as revoluções Agrícola, Comercial, Industrial. Cada uma delas foi composta por uma série de eventos que caracterizaram aquele dado período. Na atual era da Revolução da Informação, que tem a Tecnologia da Informação com principal fonte de impulsão,

não é diferente. O alto volume de transformações que, por consequência, gera um grande volume de dados no ambiente corporativo, deixa claro que, ao contrário do passado, é fundamental que selecionemos para onde devemos mirar nossos holofotes. Não basta que tenhamos a informação: é preciso, acima de tudo, seleciona-la e saber como apresenta-la.

Este cenário rico em informações - mas carente de tempo para absorção das mesmas - requer um processo contínuo e sério de disseminação das informações e de aprendizagem, permitindo o amadurecimento da cultura implementada nas empresas. É impossível controlar o volume de informações disponibilizadas; contudo, é possível sistematiza-la para que seja usado de forma eficaz, ou seja, para agregar valor ao nosso trabalho e também para o desenvolvimento pessoal dos agentes que atuam no ambiente corporativo.

Nos últimos anos as organizações experimentaram várias formas de disseminação da informação, sendo talvez uma das mais preponderantes o processo de e-learning. As novas tecnologias com ambientes ricos em qualidade e recursos gráficos, links de comunicação cada vez mais rápidos, storages com mais capacidade, além de ferramentas fabulosas para interconectividade, que, sem dúvidas, contribuíram significativamente para o desenvolvimento desse processo.

Entretanto, as empresas cometeram um pecado que foi decisivo para que o processo não fosse tão frutífero quanto o esperado: a falta de conexão com a aplicação prática. O que temos visto são, em sua grande parte, iniciativas que geram terabytes de informações que se acumulam nos repositórios.

As organizações costumam criar políticas de obrigatoriedade de treinamentos, mesmo que isto represente ações como "next-next-finished", isto é, a conclusão de tais experiências de forma muito acelerada e com pouco valor agregado, com emissão de certificado de conclusão que pouco representará em algo positivo para o desenvolvimento pessoal daquele que o tem.

É fundamental que as atuais políticas de educação nas empresas sejam revistas e que ações imediatas de aplicabilidade sejam adotadas. Afinal: de que vale um programa de treinamento no qual as pessoas capacitam-se nas melhores práticas de gestão de serviços, mas na prática não respeitam o processo instituído? Sabemos que algo tem de ser revisto. De qualquer forma, fica claro que são poucas as corporações capazes de realmente educar.

Cesar Agusto Cavazzola Junior: advogado, professor e sócio da Lawbtech.

Jean Concilio Xavier: Bacharel em Ciência da Computação, MBA em Controladoria Estratégica, MBA em Gestão de empresas e Negócios, Pós-MBA em Negociação. Certificado ITIL e COBIT. Professor Universitário nos cursos de Graduação e Pó-sgraduação. Mais de 18 anos de experiência professional em empresas como HP, Ambev e FIAT. MVP pela HP em 2008 nos EUA.


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