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Setor de TI busca profissionais com habilidade de negociação, comunicação e visão dos negócios, de acordo com Guia Salarial 2012

O mercado de tecnologia da informação continua aquecido. A profissionalização das empresas, o aumento de fusões e aquisições dos últimos anos, a incorporação de novas tecnologias e, principalmente, o entendimento de TI como uma área estratégica do negócio

estão levando inúmeras empresas a implementar novas ações e ampliar ou elevar a qualificação de suas áreas de tecnologia da informação. Por esse e outros motivos, de acordo com o Guia Salarial 2012 elaborado pela HAYS em parceria com o Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, os salários estão subindo mais que a inflação, e as empresas investem cada vez mais em hiring bonuses atrelados à retenção e à remuneração variável.

“Os investimentos em benefícios têm como objetivo atrair profissionais com qualificação técnica e habilidades interpessoais”, afirma Henrique Gamba, gerente da expertise de tecnologia da informação da HAYS em São Paulo. “Mas isso não significa um céu de brigadeiro para os profissionais da área”, completa. Diferentemente de outras atividades, nas quais há pouca distinção na cultura corporativa das empresas e de seus fornecedores, em TI as diferenças afetam diretamente a carreira de seus profissionais. De acordo com o Guia 2012, trata-se de uma atividade na qual as empresas prestadoras de serviços terceirizados são gigantes e respondem pela maior parte das contratações. Tais empresas tendem a ser mais agressivas na remuneração, principalmente porque se remuneram sobre a alocação de seus profissionais e também porque fazem uso de formas alternativas de contratação, como cooperativas, “CLT flex” e PJ. “Esse é o ponto negativo do setor que, dessa forma, condiciona seus talentos a focar no curto prazo, privilegiando a remuneração em detrimento de seu desenvolvimento e aprimoramento”, avalia Gamba.

Em 2011, as instituições de TI buscaram o apoio da HAYS para a contratação de talentos. Consultores e analistas funcionais de SAP, especialistas em infraestrutura e segurança da informação, analistas de negócios e projetos, foram muito requisitados. “Ao recrutarmos para vagas de TI, nos deparamos com a dificuldade em preencher as vagas. Verificamos diferença de expectativa e falta de requisitos específicos, como domínio de inglês, nos profissionais acostumados a trabalhar para consultorias especializadas”, afirma Henrique Gamba. “Quem deseja atuar nesse setor, além da questão técnica, precisa ter o perfil habilidade de negociação, comunicação e visão de negócio”, completa.

Outro ponto verificado pelo estudo é que existem oportunidades nas empresas que não têm TI como core business. Essas vagas são voltadas para os profissionais que se sentem atraídos por estruturas de cargos e salários bem definidas, possibilidade de longo prazo, estabilidade e benefícios previstos pela CLT. “Para as empresas, o desafio é justamente conseguir identificar, no processo seletivo, quem tem esse perfil – e é nesse ponto que a experiência da HAYS tem agregado valor”, analisa o consultor.

No atual cenário de TI, tem vantagem o profissional com perfil dinâmico, que procura entender o negócio e o mercado no qual se insere e utiliza seu conhecimento técnico para alavancar o faturamento. “A diferença entre oferta e demanda em 2011 elevou a remuneração de gerentes, analistas e consultores funcionais de sistemas ERP, especialistas em telecomunicações, analistas de negócios e profissionais focados em segurança da informação. Vagas mais generalistas, por sua vez, não tiveram grandes aumentos, que beneficiaram as áreas mais especializadas. E a tendência para todo o ano de 2012 é de uma maior agressividade na remuneração variável e do pagamento de hiring bonuses atrelados a retenção”, finaliza.


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