Métodos ágeis para os serviços de TI
O Workplace Advisory Board do HDI se reuniu novamente algumas semanas atrás, para debater um tema e sua aplicação prática nas operações: métodos ágeis de gestão de projetos, aplicados aos serviços de TI.
O objetivo neste artigo é levantar pontos de reflexão para auxiliar os gestores na tomada de decisão em investir tempo e recursos para estudo e aplicação de métodos ágeis em seus projetos e operações de serviços.
No debate, percebemos uma linha de discussão que traz o termo ‘’não existe receita de bolo’’, à tona. Nas diferentes operações dos gestores presentes, percebe-se que as realidades corporativas de cada um podem de fato, aumentar ou não as chances de implementar métodos ágeis na prestação de serviços. Mas fato é: os ensinamentos dos frames de modelos ágeis, podem nos ajudar muito sim!
Sendo assim, começamos nessa discussão a olhar de trás para frente o processo de atendimento a TI: o cliente quer uma solução rápida, no primeiro contato e que o deixe disponível para produzir. Certo, partindo desse princípio, no que os métodos ágeis podem contribuir para a área de TI solucionar seus problemas com rapidez? Ou ainda, como podem implementar processos e mudanças com mais eficácia?
Bom, partindo da máxima de que não existe um modelo ágil específico para serviços de tecnologia, o primeiro passo é estudar os modelos e fazer um paralelo da sua operação com as bibliotecas de cada um. LEAN, SCRUM, KANBAN, SMART, MSF, DSDM, entre outros.
O grupo deixa claro, que antes de sair implementando projetos e processos ágeis, é preciso saber que a automação em tecnologia deve ser estudado anteriormente aos métodos ágeis. Sim, entenda quais processos de TI ou de negócio você pode automatizar e diminuir o trabalho humano, principalmente quando falamos de atividades repetitivas. Serviços de TI sempre atingem maior eficiência com automação, desde que seja possível em seu ambiente. Quando entender que a automação já atingiu certa maturidade, outros processos podem utilizar-se dos métodos ágeis para ganhar performance.
Um outro cuidado a ser levado em conta, é usar os métodos ágeis em processos que possam ficar muito fragmentados, uma vez que essa implementação olha para cada micro-etapa dos seus processos de TI. Ou seja, ao invés de diminuir esforço e ganhar agilidade, é possível que a burocracia e lentidão aumente com a criação de novos ‘’tentáculos’’.
Levando em conta então itens que você já automatizou, processos elegíveis de serem ‘’agilizados’’ e os estudos dos modelos que existem disponíveis, é chegada a hora de partir para o desenho de novos processos mais ágeis e eficientes.
O debate é unânime ao entender que é preciso conversar com o dono do serviço, gestor responsável ou papel que mais conhece determinado serviço prestado, e conhecer todas as etapas daquele processo. É preciso conversar e negociar com cada envolvido e cada grupo solucionador, e entender claramente se é possível diminuir as etapas ou em muitos casos, abolir determinadas etapas ou procedimentos que estão obsoletos. Os métodos ágeis não servem para re-estruturar áreas de TI, mas sim para tornar o serviço existente mais eficiente para o cliente final.
Importante ao reestruturar ou criar um novo processo ágil, que a empresa (alta gestão inclusive) esteja consciente que a migração do tradicional para o ágil poderá agilizar e melhorar a eficiência dos serviços prestados pela TI, porém falhas e imperfeições serão mais comuns e deverão ser mais toleradas por todos, uma vez que objetiva-se trocar a busca da perfeição por agilidade (com riscos calculados).
Um outro ponto de mudança de cultura corporativa ao buscar os modelos ágeis, é fazer com que qualquer usuário ou stakeholder de determinado serviço, fale direto com o dono deste serviço, e não mais tomadas de decisão por camadas hierárquicas, que aguardam aprovação em níveis e geralmente são demorados e ineficientes.
Logo, como conclusão, entendemos que os modelos ágeis de projetos podem sim serem muito úteis para os serviços de Ti que prestamos aos negócios, desde que estudados e aplicados com cuidados e com muito estudo de cada framework. Além disso, levando em conta sua empresa e cultura, pode-se ter um sucesso maior ou menor com a prática, e a automação poderá ser uma grande aliada em suas aspirações de agilizar os serviços. Sugerimos visitar empresas que já possuem iniciativas na área para realizar o seu benchmark.
Se tiver neste processo em sua empresa e desejar conversar com o grupo WAB que aqui lhes escreve, mande um email para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., descreva seu desafio / dúvida / sugestão que entraremos em contato para conversar.
Um grande abraço,
HDI WAB - WORKPLACE ADVISORY BOARD