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Sua operação está se preparando para a explosão do IoT?

Sua operação está se preparando para a explosão do IoT?

Internet das Coisas ou, pela sigla “IoT” (Internet of Things), traz um conceito atual e transformador sobre a conexão entre objetos físicos utilizando sensores, chips e softwares.

Quando falamos de “coisas” em IoT, estamos nos referindo a qualquer objeto que teve a implementação de sensores e outros sistemas digitais para funcionar de forma mais inteligente por meio da troca de informações com pessoas e outros objetos, não necessariamente utilizando conexões de internet.


Internet das Coisas (IoT) na Prática

Essas trocas de informações podem ocorrer via radiofrequência (RFID), WiFi, Ethernet, Bluetooth, entre outras formas de conexão existentes atualmente, e os sistemas de redes de comunicação existem em diferentes proporções, podendo ser conectados à web mundial ou apenas à rede de casa ou ao carro do usuário, por exemplo.

Pode-se entender, então, que as “coisas” — por meio de sistemas digitais acrescentados a elas — são capazes de se conectar a outros objetos e às pessoas, permitindo o envio de comandos, a devolução de dados sobre uso, a identificação da presença um do outro, entre outras aplicações.

Essas coisas podem ser as que já foram concebidas para serem conectadas, tais como smartphones, smartwatch, computadores ou as que tradicionalmente não são conectadas, mas ganharam funcionalidades a partir da adição de capacidades IoT, neste conjunto podemos incluir lava-roupas, geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e até coisas não elétricas, como vasos de plantas com sensores de humidade ou o recipiente de alimentação de pets, que pode avisar que a comida precisa ser reposta.

Um interessante vídeo conceitual, produzido pela Brighan University, pode dar uma ideia de onde o IoT já pode ser aplicado com a tecnologia disponível atualmente. (Vídeo em https://www.youtube.com/watch?v=NjYTzvAVozo)

 
Fatores de impulsionamento

O crescimento exponencial o IoT tem sido impulsionado pela adoção em vários setores. Atualmente já existem mais dispositivos do que humanos no planeta e esse número será multiplicado rapidamente.   Imagem1

 

Setor industrial: onde encontramos máquinas responsáveis pelo controle dos processos de fabricação, temperatura, controle de produção etc. Tudo conectado à Internet.

Setor urbano: controle de semáforos, pontes, trilhos de trem etc. Mais e mais cidades usam a Internet das Coisas com a qual podem monitorar o funcionamento de suas estruturas, além de adicionar variações a novos eventos.

Setor ambiental: a Internet das Coisas permite o acesso a informações de sensores atmosféricos ou meteorológicos.

Setor da saúde: clínicas e hospitais confiam cada vez mais nessa tecnologia que permite que os pacientes sejam monitorados sem serem invasivos.

Popularização doméstica: cada lâmpada, câmera, tv, radio, smartphone, eletrodoméstico, sensores, janelas, climatização.

Conforto humano: comodidades físicas como monitoração da saúde e assistência a tarefas ajudam a despreocupar-se com coisas menores.

Compra e venda de dados: muitos sistemas de IOT hoje são disponibilizados gratuitamente, mas isso na verdade está formando uma grande massa de dados que pode ser negociada com quem interessar.

Até 2023, a compra e venda de dados da IoT se tornará parte essencial de muitos sistemas da IoT. Os CIOs devem educar suas organizações sobre os riscos e oportunidades relacionados à troca de dados para estabelecer as políticas de TI necessárias nessa área e aconselhar outras partes da organização.

5G: A rede IoT implica no equilíbrio de um conjunto de requisitos concorrentes, como custo do terminal, consumo de energia, largura de banda, latência, densidade da conexão, custo operacional, qualidade e alcance do serviço. Nenhuma tecnologia de rede única otimiza tudo isso e as novas tecnologias de rede IoT oferecerão aos CIOs opções e flexibilidade adicionais. Em particular, eles devem explorar o 5G, a próxima geração de satélites em baixa órbita terrestre e redes de retrodispersão.

Por trás de tudo teremos a combinação clássica de hardware + software, consequentemente demandarão integração, implementação e suporte.

Tecnicamente a arquitetura IoT é composta dos mesmos itens que já estamos acostumados a lidar, porém, alguns deles se tornam mais relevantes em um ecossistema par IoT, além disso, quanto mais denso e mais dispositivos estiverem em um mesmo ambiente mais será requerido equipamentos de rede com maior capacidade e performance, por exemplo, as redes de borda precisarão lidar com centenas ou milhares de dispositivos muito próximos uns dos outros.

Para empresas talvez essa adaptação seja menos traumática, visto que já dispõem de equipamentos na maioria preparados para trabalhar em ambientes com alta densidade, mas em um ambiente doméstico isto pode ser uma dor de cabeça, a maioria dos roteadores e set-top boxes domésticos ou fornecidos por operadoras não aguentam mais que duas dezenas de dispositivos e tendem a colapsar.

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Fantástico mundo das coisas

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O conceito de IoT não é uma invenção nova, ela já existe há décadas, e foi representada em obras científicas e de ficção, através de livros, desenhos e filmes, então o que torna o cenário atual diferente do passado? Simples, as condições convergentes atuais. Em um passado não muito distante tínhamos rede, mas estas não eram tão rápidas tínhamos hardware, mas este não era tão miniaturizado, tínhamos software mas este não era aplicado a um cenário de IoT.

Quando adicionamos a estes itens as recentes inovações nas disciplinas de Inteligência Artificial, Aprendizado de Máquinas e Armazenamento em Larga Escala (BigData), temos uma fórmula perfeita para as mentes criativas poderem imaginar criar tudo aquilo que só víamos em obras de ficção científica. O foco do desenvolvimento de soluções também é modificado, pois, de fato viveremos cada vez mais em uma sociedade onde as coisas conectadas são parte do nosso modo de vida.

 

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Como preparar a operação 7 chaves

Provavelmente sua operação será ou já está sendo demandada para um suporte mais voltado para este novo cenário, então, como se preparar? A boa notícia é que assim como você outros também estão no mesmo momento do tempo, o diferencial será a velocidade de absorção. A seguir sete chaves que poderão acelerar seu processo: 

  • Experimente

A melhor maneira de aprender é experimentar, pense em talvez incorpora sua operação, assim poderá entender as diversas nuances da tecnologia e até decidir dar foco naquilo que é realmente relevante.

  • Prepare uma equipe dedicada

Ter uma equipe específica para atender demandas de IoT: pessoas com conhecimentos multidisciplinares devem ser escaladas para trabalharem em conjunto para desenvolverem planejamentos, métricas, ações e monitoramento em prol da Internet das Coisas, para que estejam ainda alinhadas com as necessidades dos negócios. Por ser uma tecnologia que emergiu na última década, os especialistas em TI precisam se envolver um pouco mais no dia a dia da IoT, realizar testes, estarem dedicados para pensarem em soluções. Se estiverem escalados também para atenderem outras demandas do negócio, que não estejam relacionados com os dispositivos inteligentes, os resultados podem ser atrasados ainda mais.

  • Una equipes multidisciplinares

Unir diferentes equipes: há uma grande escassez de mão de obra para trabalhar com AI, necessitando obrigatoriamente o treinamento de talentos internos. Para se trabalhar com IoT, entretanto, é necessário unir pessoas com diferentes conhecimentos como programação, segurança e marketing, que irão colocar os pontos de cada área para que o projeto seja completo.

  • Capacite seu público e interaja com eles

Capacitar público interno: inteligência artificial ou suporte de autoajuda podem filtrar parte dos problemas que seriam resolvidos pela equipe de suporte, porém, muitas outras demandas surgirão no departamento e vão precisar de uma decisão humana. Os gestores precisam garantir que os atendentes da central de atendimento e de backup recebam treinamento avançado sobre as tecnologias IoT para que possam ajudar a dar suporte de forma adequada.

Interagir com os usuários finais: ter um canal de comunicação eficiente e transparente com uma das pontas da cadeia vai eliminar tempo e complexidade das equipes de suporte para entenderem realmente as demandas dos usuários finais, as principais dúvidas e onde estão os problemas. Também esses usuários podem também receber treinamento e se tornarem fontes de informação in loco e em tempo real dos problemas que possam estar acometendo o sistema.

  • Faça parcerias

Gerenciar o fornecedor: a cobertura da equipe de suporte interna é apenas a metade do serviço que precisa ser feita, já que esta tecnologia conta com a participação de empresas fornecedoras de soluções. Por isso, é fundamental incluir no check list da equipe de suporte o gerenciamento também do fornecedor, buscando um trabalho conjunto. Enfim, implantar Internet das Coisas é realmente complexo. Todo e qualquer fluxo precisa de um processo, um responsável e ter um responsável e um suporte para que funciona o sistema como um todo de forma eficiente.

  • Explore fora do mundo de TIC

Existem diversos segmentos que utilizam IoT, saúde, agricultura, educação, entretenimento, entenda quais as necessidades destes e expanda as possibilidades.

  • Revisite seus processos

Certamente muitos de seus processos deverão ser revistos, afinal o suporte deixará de ser tomado exclusivamente por pessoas e passará a ser acionado por coisas, imagine um ticket recebido de uma planta, de um animal ou de um carro, solicitando suporte por mal funcionamento de um componente.

Disciplinas mais fortes do que nunca

As tradicionais disciplinas de frameworks do mercado serão cada vez mais necessárias, pois, neste caso teremos mais e mais máquinas, softwares e soluções para manter, reparar, suportar. Sim, elas são máquinas e de fato quebram. Neste sentido uma das disciplinas mais requisitadas será o gerenciamento de ativos e de configuração, pois, este deverá fornecer dados vistais sobre os itens, incluindo dados de localização. Um técnico pode ser acionado para resolver um problema em um IoT instalado em um poste de iluminação, imagine a dificuldade se a informação de localização não for exata.  A lista abaixo demostra disciplinas que tendem a ser mais exigidas:

 

  1. Gerenciamento de Ativos e de Configuração
  2. Gestão do Conhecimento
  3. Gestão de Incidentes
  4. Monitoração
  5. Redes
  6. Segurança da Informação
  7. Field Service
  8. Automação
  9. Eletrônica e Elétrica

 

Habilidades importantes para agregar ao seu time

Muitos times de suporte são formados pelas atividades mais tradicionais, tais como técnicos de TI e Analistas de Sistemas, mas devido a abrangência e até ao formato dos IoT será necessário agregar profissionais com skills diferentes do habitual. Profissionais com as seguintes habilidades podem ser valiosos em sua operação:

1 - Design de Circuito

Diversos componentes não seguem o formato e interfaces tradicionais, requerendo uma integração customizada.

Por exemplo, algumas aplicações que necessitam de baterias de longa duração demandam um tipo específico de desenho das placas de circuitos e o profissional deve estar preparado para integrar esse tipo de componente eletrônico a um novo sistema.

2 - Programação de microcontroladores

Os microcontroladores são úteis na hora de adicionar inteligência a algum dispositivo e colaborar com o processamento. Com a Internet das Coisas, esses microcontroladores serão sempre abundantes e a habilidade para lidar com eles - e suas diferentes linguagens - também está na lista de atributos a serem buscados.

3- Big Data

A análise de dados é parte importantíssima no presente e no futuro da tecnologia e com a Internet das Coisas o montante de dados gerado só tende a crescer. Algumas organizações já contratam cientistas de dados e engenheiros para coletar, analisar e organizar as informações vindas de diversas fontes.

4 - Engenharia Elétrica

Um exemplo de que TI e OT devem trabalhar em conjunto. Engenheiros eletricistas trabalharão no desenvolvimento de dispositivos com aplicações móveis ou na criação de sistemas de rádio frequência/micro-ondas em sistemas de comunicação.

5 - Arquitetura de Segurança

Privacidade e vazamento de informações são, hoje, fatores de intensa preocupação. Buscando diminuir e eliminar os riscos de exposição de dados, as empresas procuram profissionais que estejam aptos a desenvolver soluções de segurança que possam ser incluídos no sistema.

6 - AutoCAD

O software de design de projetos de engenharia já é bastante requisitado por grandes empresas e será ainda mais em se tratando de IoT. O desenvolvimento de produtos inteligentes e conectados requer muitos ajustes, padronizações e alteração de formatos. Tudo isto de forma rápida e eficiente.

7 - Segurança de Infraestrutura

Com a Internet das Coisas, pessoas que estiverem habilitadas a compreender de forma sistêmica aspectos relativos à segurança de infraestrutura terão grande espaço no mercado.

8 - Machine Learning

"Ensinar as máquinas" é uma habilidade importante no novo cenário de IoT. Os algoritmos de aprendizado das máquinas servem para desenvolver produtos melhores e mais inteligentes. Se sairá melhor quem souber juntas inteligência e análise de dados.

9 - GPS

Com Internet das Coisas, a geolocalização terá um papel mais amplo em diferentes setores da sociedade e em grande parte dos produtos criados com a tecnologia, principalmente na área de wearables, veículos inteligentes e logística.

10 – Desenvolvedor especializado

Desenvolvedores que estiverem a fim de abraçar a tarefa de construir aplicações em IoT terão um diferencial nos novos postos de trabalho que surgirão ao longo do tempo.

Conclusão

A explosão da internet das Coisas está só começando e será cada vez mais utilizada em todos os segmentos e aspectos de nossas vidas. Cada vez mais as corporações, governos e pessoas comuns adotarão coisas inteligentes. Os fabricantes incluirão inteligência e conectividade como diferencial em seus produtos e o segmento de inteligência de mercado e consumo está ansioso por dados que possam ajudar no marketing direcionado. Sem dúvida, quem souber oferecer serviços adequados a este novo conjunto tecnológico terá uma enorme vantagem no mercado.

 

 Sobre o autor:

* Décio é um entusiasta de tecnologia e de como ela pode ser aplicada em nossa vida diária. Com  formação em Informática/CETF-RJ, Ciências da Computação/UFF; Matemática/UFF; Programação/PUC-RJ; Especializações e certificados em Data Sciente e BigData, Cobit 5, ITIL 2 e 3 Full, Business Process Modeler, Auditor ISO 9000, ISO 20000 Associate e Gerenciamento de Projetos. Experiência de 26 anos em TI e Telecomunicações, iniciando como técnico, passando por supervisão, gerenciamento e consultoria em segmentos farmacêuticos, supermercadista, livraria, óleo e gás, supply e em toda a cadeia - indústria, atacado, distribuição e varejo.

Atualmente é consultor especialista em Gerenciamento de Serviços e Transformação Digital na PETROBRAS e atuando em projeto de reestruturação de serviços de TIC na TRANSPETRO.

Conduziu e participou de projetos de adoção de novas tecnologias, redesenho de processos e implantação de gerenciamento de serviços em larga escala, acima de 250K clientes e operações com mais de 12K analistas. Hoje faz parte também do grupo de discussão HDI SAB - Strategic Advisory Board do HDI, como voluntário. 

https://www.linkedin.com/in/decio-eduardo-402219158/

 


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