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Ser multitarefa pode lhe custar muito caro

Ser multitarefa pode lhe custar muito caro

Estou participando de uma reunião sobre projetos ágeis agora, neste minuto. Não sou desenvolvedora, nem analista de negócios e não tenho treinamento formal em Agile. Mas lidero oficialmente um processo de TI e, portanto, participo dessas ligações diárias.

Participo de maneira superficial, principalmente para ver o que está acontecendo na empresa e me manter informada. Alguns dias eu participo ativamente. Outros dias eu apenas ouço. Eu ligo a câmera e pelo menos tento parecer que estou engajada. Palavra-chave: ‘’estar presente’’.


Dito isso, nos últimos 20 minutos desta ligação, respondi a alguns e-mails em paralelo, verifiquei meu calendário e procurei freneticamente na estante um livro que gostaria de referenciar neste artigo que lhes escrevo agora. Não encontrei o livro, então simplesmente levantei e fui procurar, pois era algo que para mim tinha mais importância que a reunião. Nem percebi que havia perdido o foco.

Além de tudo isso, no fundo da minha mente estão as reuniões consecutivas que tenho o dia todo hoje, o que preciso fazer para me preparar para cada uma delas, os cinco currículos que preciso revisar para uma posição aberta que precisava preenchida há muito tempo, e também coordenando uma mudança na rede da empresa com grande impacto, e ao mesmo tempo levando em conta o fato de que preciso lavar roupas, minha cama não está arrumada, o que teremos para o jantar e assim continua. Alguma semelhança com a sua vida?

Multitarefa é um distintivo de honra. Usamos com orgulho. Eu acho que as mulheres sentem especialmente que precisamos fazê-lo, pois são muito boas nisso. Mas os homens também são cobrados por isso, o que cito aqui é um problema do ser humano do século XXI. 

O livro que eu estava procurando e, eventualmente, encontrei, é ‘’Além do feliz: Mulheres, Trabalho e Bem-Estar’’, um livro adorável da Dra. Beth Cabrera. O livro é preenchido com dados baseados em pesquisas sobre como equilibrar efetivamente carreira e família. Embora seja voltado para mulheres, é adequado para qualquer pessoa. Eu tinha esse livro em mente porque a Dr. Cabrera aborda especificamente a multitarefa, dizendo que devemos evitar totalmente. Ela cita um estudo do Journal of Experimental Psychology, intitulado Controle executivo de processos cognitivos na alternância de tarefas, que descobriu que a produtividade pode ser reduzida em até 40% quando você se alterna entre tarefas. Isso significa que a multitarefa não está nos ajudando a fazer mais, na verdade está nos levando a fazer menos.

Um pesquisador de Stanford, Clifford Nass, descobriu que os profissionais multitarefas crônicos eram realmente piores na classificação de informações relevantes e irrelevantes. Ele até descobriu que quando um multitarefa está focando apenas em uma tarefa, seu cérebro é menos eficiente e eficaz. Portanto, a multitarefa não é apenas ineficaz, mas prejudica a função cerebral no futuro. Com o tempo, o profissional multitarefa realmente perde capacidade cognitiva. Isso é assustador!

Eu conheço esses dados na pele. Acredito que seja verdade, e ainda aqui estou tentando fazer cinco coisas ao mesmo tempo todos os dias úteis da minha vida. Alguns pesquisadores dizem que é porque estamos entediados ou impacientes. Outros dizem que é porque é confortável alternar entre as coisas (como as guias estão abertas no seu navegador agora, sabe?).

Independentemente disso, é um hábito que precisa ser MUDADO.

Mas como vamos fazer isso? Primeiro, você precisa reconhecer o fato e se comprometer a parar. Dito isto, agora estou aqui, dias depois, escrevendo este artigo com toda a minha atenção. Passei algum tempo procurando maneiras de quebrar o hábito de multitarefa. Não vou dividir com vocês uma enciclopédia cheia de teorias, mas sim o que realmente estou fazendo e colhendo resultados práticos. São os seguintes pontos:

 

* Vicki Rogers tem mais de 20 anos de experiência em TI e atualmente é gerente sênior de mudança da Georgia Tech. Anteriormente, ela era gerente sênior de TI da Amtrak e gerente de service desk da Universidade da Geórgia. Ela possui experiência em gerenciamento de serviços, gerenciamento de mudanças, desenvolvimento de liderança e diversidade em TI. Ela esteve envolvida na criação, implementação e adoção de service desk das melhores práticas de ITSM, bem como no fornecimento de TI. Vicki possui um MBA em Gestão de Negócios, um MBA em Aprendizado, Liderança e Desenvolvimento Organizacional. Sua pesquisa de pós-graduação envolveu o cultivo e o desenvolvimento de mulheres líderes nas divisões de TI do ensino superior. Vicki é palestrante nacional sobre liderança, gerenciamento de serviços, diversidade e mudança. Fora do trabalho e da escola, Vicki é mãe de duas universitárias brilhantes e bem-sucedidas e uma schnauzer muito mimada.

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